CAMPO MAIOR PRECISA MAIS UMA VEZ DE SUA CORAGEM

quinta-feira, 22 de março de 2012

NÃO MINTA PARA SEUS FILHOS... NUNCA.


Por que alguns pais não amam a verdade




Stacey e o pai Dominic
O pai do garoto britânico Dominic Stacey, de 8 anos (ambos na foto), sempre se esquivou de dizer a verdade quando o filho perguntava sobre o cansaço em suas pernas. Certo dia, por curiosidade, Stacey digitou o nome de sua doença no Google e descobriu: distrofia muscular de Duchenne é uma doença degenerativa que limita os movimentos até paralisar as pernas, impedir a fala, a respiração e causar a morte
Assim que seus pais chegaram em casa, Stacey disse: “Por que vocês mentiram pra mim?”. “Já sei que vou morrer”. Os pais Dominic e Caroline, de acordo com matéria publicada no jornal Daily Mail, tentaram contornar a situação, mas Stacey ficou descontrolado. Passou a ter pesadelos à noite e a chamar os pais para abraçá-lo com frequência. O sorriso da foto se tornou cada vez mais raro. Stacey é uma criança mais triste hoje. 
Uma verdade dura como essa merece ser dita a uma criança? É dever de um pai ou de uma mãe anunciar um futuro tão sombrio ao próprio filho? Vai ser útil para a criança conviver com uma sentença como essa? No universo infantil, a sensação de morte iminente deve se parecer com um quarto escuro lotado de monstros. Ou em uma espécie de pesadelo de adulto em que não é permitido voar com as fadas ou incorporar o poder de um super-herói quando algo dá errado. Falar que ela vai morrer é como roubar-lhe todos os sonhos e toda a infância.

Sim, a verdade costuma ser a melhor alternativa em boa parte das situações. Nunca falei aos meus filhos que Papai Noel entra pela porta e deixa um presente na noite de natal. Também nunca disse a minha menina de 7 anos que ela veio da cegonha. Expliquei o que é preciso fazer para ficar grávida. Ela achou esquisito, um pouco nojento, mas senti que ficou feliz por eu não tê-la subestimado. No caso de seu filho ter uma doença terminal, no entanto, a verdade também está acima de tudo? Não tenho certeza. E você, o que pensa?

quinta-feira, 1 de março de 2012

Uma vida pela outra

Hoje li uma história emocionante de uma adolescente que renunciou à quimioterapia pela saúde do bebê que carregava em seu ventre, mesmo com a certeza de que, sem tratamento, reduziria ainda mais sua chance de cura. Abaixo a história dessa jovem guerreira, que no auge de sua dor mais profunda, optou pela vida que gerava. É uma história feliz e triste ao mesmo tempo, e que, acima de tudo, mostra como a vida é imprevisível – e como a saúde é nosso bem mais precioso. A adolescente americana Jenni Lake, de 17 anos, sonhava em ter uma profissão, viajar o mundo e quem sabe um dia ter filhos. Sim, no futuro, porque até o ano passado ela queria saber de tatuar o corpo, colocar piercings e curtir a noite com os amigos. Sua vida, no entanto, mudou drasticamente após uma dor de cabeça insistente e um exame de tomografia. Um câncer raro e agressivo no cérebro interrompeu seus planos. Jenni tinha namorado. E ele esteve com ela até o último dia de sua vida. O médico dizia que o tratamento a impediria de engravidar. Isso parecia pouco importante para o casal naquele momento. Os dois continuaram namorando e o improvável aconteceu: Jenni ficou grávida. Ao saber da notícia, imediatamente parou com a quimioterapia, renunciou aos remédios e aos dias a mais que a droga lhe traria. Os médicos deram a ela a opção de aborto, mas Jane já tinha feito sua escolha. “Eu optei pela vida”, disse a adolescente, a enfermeira. Debilitada, com apenas 48 quilos ao fim da gravidez, e já sem enxergar direito por conta da metástase de seu tumor cerebral, Jane deu a luz a Chad Michael Lake, um menino lindo e saudável. Jenni viveu ao lado de seu bebê por apenas 12 dias, quando, fraca por conta da doença, foi vítima de um ataque cardíaco e morreu, no mês passado. A mãe de Jenni, Diana Philips, emocionada, chora com o neto nos braços sempre que fala da filha. O pai do bebê, Nathan Wittman, de 19 anos, diz que Jenni foi embora feliz, e que foi a melhor mãe que pode, da forma que pode e enquanto a vida permitiu. A história de Jenni é uma prova de que a saúde é uma condição que pode escapar de nossas mãos a qualquer momento. Meu maior desejo para 2012 é ter saúde, muita saúde.